domingo, 26 de agosto de 2012

My heart will go on


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       Eu sempre fui uma grande fã do filme Titanic. A primeira vez que o assisti foi no cinema, mas eu era quase um girino, não me lembro de como foi, mas lembro que na minha adolescência inteira sempre gostei muito de assistí-lo, principalmente quando estava triste, para chorar bastante. Não tem nada mais triste no mundo do que aquele filme, né gente? Aquele amor intenso e verdadeiro, eles fazendo amor no carro e depois ele morrendo de mãos dadas com ela... Nossa, dá até vontade de chorar. Minha cena favorita é quando ao final do filme, nos sonhos da Rose, ela e o Jack são aplaudidos por todos os passageiros do navio. Acho a melhor cena do filme inteiro, dane-se a cena em que ela voa.
      Mas o que  meu amor por esse filme me fez pensar essa semana foi o seguinte: eu matei o Jack. eu o matei milhares de vezes, principalmente quando tinha 13 anos, mas hoje, faltando seis meses para completar 20, eu ainda o mato congelado em noites solitárias. Todas as vezes que eu ia na locadora e alugava esse filme, eu o matava mais uma vez. Eu fazia a Rose passar por todo aquele sofrimento de novo, fazia com que ela envelhecesse mais uma vez sem seu grande amor. Fazia com que aqueles pesquisadores continuassem atrás do coração do oceano, e fazia com que todas aquelas pessoas os aplaudissem no sonho dela, apenas no sonho. E isso me faz sofrer, muito, sofro por eles dois, sofro por conhecer a dor de perder um amor, mesmo que no meu caso ele não tenha ido pro fundo do mar. Claro que tem cenas felizes, mas eu sofro por mais ou menos duas horas, e por puro prazer, por gostar de repetir acontecimentos que deveriam ser esquecidos. É isso que nós fazemos quando ficamos pensando em relacionamentos passados e sofrendo por eles: assistindo o mesmo filme que nós sabemos que nos fará chorar no final. Eu amo o Titanic, mas decidi que não irei assistí-lo mais, e decidi também que todas as lembranças que me fazem sofrer serão ignoradas cada vez que cruzarem meus pensamentos. Eu não preciso e nem quero mais lembrar de como tudo deu errado ou de como poderia ter dado certo. O navio já afundou, mas eu não sou o capitão pra afundar junto com ele, e nem a Rose para lembrar dele o resto da vida. A MINHA vida não vai ser um eterno replay do pior filme de drama da locadora das minhas memórias, vai ser a minha vida, baseada em fatos reais do presente, nem o futuro me importa mais. Decidi que quero ser feliz, e que feliz decisão tomei.


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P.s.: esse texto foi escrito em junho, depois disso eu ainda assisti o Titanic 3D nos cinemas, haha, mas foi a última vez, JURO! 

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