terça-feira, 20 de novembro de 2012

Reencontro



Um dia você vai passar por ele e ele estará arrependido.


amém!


Eu a encontrei no Shopping hoje pela tarde, ela estava linda, mais do que nunca. Cabelos mais compridos, andar leve e uma expressão tão tranquila que quase parecia um anjo, a não ser pela ausência de asas (e o olhar enlouquecedor de sempre).
Estava acompanhada, de mãos dadas com um cara que provavelmente a faz feliz, algo que eu poucas vezes consegui. Tinha algumas sacolas na mão dele, e na dela o milk shake de sempre, prova de que continua gostando das mesmas coisas de um ano e meio atrás, só não mais de mim. Encarei por alguns segundos aquele rosto tão pequeno, procurando algum bom motivo para eu ter feito cairem lágrimas nele por tantas vezes, mas não encontrei nenhum, eram apenas besteiras que eu fazia e não me dava conta do que estava deixando passar. Ela me viu, abaixou o olhar por um segundo, mas logo me olhou nos olhos e disse "oi" com um sorriso lindo e seguro, como se eu não fizesse parte da história dela, e como se ela não fosse a parte mais importante da minha. Mas apenas disse oi, sorriu e se afastou. Fiquei observando de longe um estranho qualquer levando pela mão a mulher da minha vida, apenas porque eu não soube dar valor quando ela era minha.


-


Eu o vi. Santo Deus, eu o vi! Um ano e meio depois de toda aquela loucura! Minhas pernas ficaram bambas, eu não sabia se olhava pra cima, pra baixo, pros lados ou se desmaiava e simplificava a situação. Ele estava sozinho, algo que achei bem estranho pois quando namorávamos o que não faltava eram (más) companhias. Estava meio desarrumado, de chinelos em pleno shopping e com o cabelo todo desgrenhado... Mas continuava lindo, continuava com a mesma cara de menino bagunceiro, com o mesmo jeito de caminhar... A única diferença nele que realmente me chamou a atenção foi a ausência da nossa aliança no dedo direito. Ele olhou pra mim, eu pude perceber, e achei melhor olhar também para não parecer que guardei mágoas. Olhei, mas era melhor ter virado a cara. Doeu ver ele tão longe, doeu saber que o nosso destino agora são esses "ois" de longe, como se pudéssemos ser amigos, como se existisse amizade entre pessoas que já se amaram. Doeu pensar que não vai ser com ele que vou casar e ter filhos, e doeu simplesmente dizer um oi seco e um sorriso amarelo para quem já foi o grande amor da minha vida. Mas o que mais doeu foi olhar para o cara que estava ao meu lado segurando minha mão e pensar "Eu nunca vou te amar como o amei... Nunca vou amar de novo."

Um comentário:

Expresse sua opinião com respeito e educação. Aceito críticas e sugestões.