domingo, 14 de abril de 2013

Baby eu lamento, mas não tenho tempo...



      Eu quero viajar no teu corpo e me apaixonar por cada parte dele como Jack Kerouac viajou pela América entre as décadas de 40 e 60 e se apaixonou por uma puta indígena viciada em morfina e devota de Santa Maria, olhar para o teus seios como Da Vinci olhou pra Mona Lisa enquanto a pintava — e a eternizava —, sem ter a mínima idéia de como teria uma corja de historiadores dedicando a vida para descobrir who the fuck is Mona Lisa, te convencer de que a reencarnação de Buda e Jesus Cristo e Maomé — e etc—, é aquela pinta do lado direito do seu pescoço, um pouco acima da clavícula e abaixo do pomo do adão — e que ela um dia irá brilhar como algum tipo de diamante louco e possuir teu corpo para salvar o mundo —, ser o pior dos fascistas caso o amor seja realmente um preconceito como Bukowski escreveu trancado dentro de um quarto de hotel barato com um poster da Marylin Monroe na parede esquerda, voltar no tempo e matar John e Paul e Ringo e George — e mandar Jude para a casa do caralho —, porque você odeia os Beatles, ser mais filho da puta com quem te fez mal do que Judas foi quando traiu Jesus Cristo por 30 moedas de prata — acho que Bill Gates conseguiria comprar uns 8 milhões dele hoje em dia. Se você tivesse me pedido para derrubar as Torres Gêmeas,  elas teriam explodido muito antes de qualquer religioso fanático tentar. Se eu pudesse escolher o que seria quando reencarnar, seria alguma parte do teu corpo, provavelmente do rosto ou ali por perto. Se eu pudesse escolher o que é deus, seria um fio de cabelo seu que balança enquanto você o prende para não atrapalhar nossos beijos. Se eu tivesse que escolher entre Lucky Strike e Marlboro, escolheria ser um pedreiro na construção de um prédio novo fumando um Derby ou Euro no intervalo de descanso. Entre uma dose de whisky ou vodka, uma coca-cola em uma lanchonete fodida numa esquina do centro da cidade às quinze para o meio-dia. Entre Paris e Barcelona, nós dois na varanda de um quarto de hotel barato construído na década de 30 na Cidade do México. Mas entre você e eu, darling, entre você e minha mente livre de um desastre mental que me faça pensar em me jogar de cima de um prédio — às 6 da tarde, no horário de pico, para ter mais público —, eu ficaria comigo.


AUTOR: Kalil F

Um comentário:

  1. Sonhei com você...
    Um dia desses...
    Na verdade sonhei com você das 3:00 manha até 6:44 da tarde, é, eu sei, isso não é normal. Acordei para o trabalho e preferi tentar te encontrar novamente, só que em um trabalho que não tem chefe, não tem cobrança, não tem dinheiro no fim do mês, o tal do sonho...
    O que falar para minha chefe?
    Que estava com a garota dos meus sonhos?
    Poderia até ser, mas sonhar e sonhar e sonhar...
    por tanto tempo assim, menino?
    pela mesma menina?
    Pois é, geralmente não lembramos do sonho da noite passada, mas dessa vez como não lembrar? nunca tinha sonhado com você antes, sabia?
    O mais engraçado?Todo santo dia eu tento, termino uma conversa com você e decido nunca mais te querer, tentar te esquecer...
    Você tem experiência quando o assunto é amor, quando o assunto é coração partido, paixões e decepções, que seja!
    EU NÃO!!!
    Já não sei o que fazer faz tempo, sabe aquele argumento muito usado, "sem chão"? Não sei se pode usá lo ou se já passei desse momento.
    Devo ter passado, o chão não me interessa mais, perto desse aperto no peito, caraca e que aperto!
    É, isso existe mesmo!
    E como aperta, aperta tanto que te faz lembrar a todo momento em como isso pode chegar a esse ponto, como eu fiz isso?
    Como eu deixei essa mina sozinha?
    Não penso que dei brecha, que valorizei pouco, ou nem valorizei, só acordo todos os dias sabendo que ela não me quer, e só de escrever essa parte o aperto no peito vem pra me lembrar mais e mais que não adianta lutar, você pode até se apaixonar de novo, pode até não sentir esse aperto no peito com tanta frequência, dizer que ama outra pessoa, pode até não lembrar disso todos os dias como acontece!
    Mas amor só existe um, você percebe isso um dia, e eu...
    Eu me achava o cara, sempre os amigos primeiro, a balada primeiro, o surf primeiro, uma carta de amor? HA!
    Isso é coisa de prego, de viado!
    Nem preciso dizer que trocaria tudo por você né?
    Trocaria tudo pra poder acordar todos os dias ao seu lado, e saber que ao abrir os olhos, aquela covinha solitária estaria me esperando, esperando para mais um beijo de bom dia.




    Esse texto não teve formato, não teve rascunho, como em um texto seu que li um dia, aqui também tinha uma formiguinha dizendo para não escrever, e dez formiguinhas nas pontas dos dedos dizendo para que sim!
    E de novo, lhe escrevo pela última vez!



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