O amor é andar ás cegas. É beber no calice de um desconhecido, é vendar os olhos e andar numa corda bamba sem saber se está sobre um colchão ou um precipício.
O amor guarda em si toda as dores e felicidades do mundo. O amor é mistério que tanta gente acha que revelou e que eu tento revelar, mas quando menos esperamos... Estamos nós amando de novo. Amamos porque jamais entenderemos o amor. Haveria explicação para tal coisa? Haveria explicação para noites em claro, para cartas escritas sem destinatário, para garrafas e mais garrafas de cerveja vazias no canto da casa? Haveria explicação para noites dormidas em conchinha, para um pedido de compromisso de joelhos, para um beijo que faz as penas tremerem? Não há.
O amor é viagem. O amor nos leva até onde jamais imaginamos e nos faz querer ir mais longe. O amor nos faz pensar que somos capazes de tudo, dos maiores absurdos, até mesmo de constituir uma família, dá pra acreditar? A pessoa que queria tatuar asas para simbolizar sua liberdade se vê desejando ter um ninho, ter para onde voltar e ter sempre alguém esperando, quem sabe mais de um alguém... O amor também é multiplicação, soma, sem subtrações e Deus nos livre das divisões e separações.
Mas a única coisa que realmente importa saber sobre o amor é que ele não acontece apenas uma vez na vida. O amor sempre se renova, porque o amor e amar faz parte da personalidade da pessoa que ama, quem ama amará sempre e não necessariamente a mesma pessoa para sempre. Eu amo, eu amei, e continuarei amando, até encontrar o amor da minha vida, mas sabe-se lá se isso existe mesmo...
O amor é mistério.
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