quinta-feira, 24 de abril de 2014

Feito Gigantesco




     estávamos na cama dele e ele me olhava como quem realizou um feito gigantesco, me fazendo sua refém no quarto. Mas eu escolhi ser sequestrada, escolhi estar lá. Não tem nada de espantoso, essa sou eu. A menina que passou os últimos dois anos perdida em baladas e bares quer apenas o abraço quente desse rapaz que talvez não faça ideia do quanto eu sou maluca, perigosa e apaixonada. 
     Me perco por dez segundos no olhar engraçado dele e fico lembrando das esquinas que cruzei nos ultimos meses, de quantas vezes neguei seus beijos... As coisas mais incríveis acontecem quando a gente menos espera. É clichê, mas verdade. 
     Queria ser destemida e valentona no amor como sou pra encrencar na rua, mas o fato é que estar aqui as vezes me deixa com um medo surreal. Medo de ser feliz, onde já se viu. Mas posso explicar o motivo desse medo... A alegria muitas vezes é um caminho para a tristeza. Triste, né? Eu não quero ser feliz de novo se for pra sofrer mais uma vez. 
     Me resta desejar que ele saiba amar. Que ele não seja mais um que deseja conquistar a pessoa para brincar com ela. Que ele não esteja encantado com uma pessoa que ele pensa que eu sou, porque ficando juntos ele vai descobrir coisas que ninguém jamais descobriu, e são por essas coisas que ele precisa se apaixonar. Rezo pra que ele queira cuidar de mim do mesmo jeito que vai me dar vontade de cuidar dele. Que ele saiba valorizar o amor como ninguém soube até hoje. 
   Eu sei que expectativas geram decepções, mas esses desejos não são apenas expectativas, são fé. Fé no amor, nas pessoas, em mim. Fé para acreditar que Deus não me fez uma frigideira, que eu vou ter uma tampa também. Como dizem Los Hermanos, ter fé e ver coragem no amor. Essas expectativas e fé não são apenas com relação a ele, mas comigo também. Que eu seja uma pessoa melhor pra ele, pra mim... Porque agora que me vejo refém dele, não sinto vontade de estar sozinha nunca mais. 
Que seja como Deus quiser, amém.



3 comentários:

  1. Você tira essas historias da onde?
    Isso acontece na sua vida ou você se baseia em algo que leu?

    Fernando

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    Respostas
    1. Oi Fernando! Algumas histórias eu vivi, algumas eu gostaria de ter vivido e outras não tem nenhuma relação com a realidade. Às vezes eu vejo uma frase, uma imagem, pessoas vivendo alguma cena e penso num texto inteiro, infelizmente nem sempre tenho como escrever na hora, mas nascem assim. Não sei se você gostou ou não, mas são histórias que vem do meu eu mais profundo.

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